Programa A Voz Ecologia Ativa

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Ouça na 87,9 Jacumã FM

domingo, 28 de junho de 2015

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA

A ONU redigiu um documento intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água".

O texto merece profunda reflexão e divulgação por todos os amigos e defensores do Planeta Terra, em todos os dias e não apenas no 22 de março.

"Declaração Universal dos Direitos da Água"


1.-A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.

2.-A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.

3.-Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

4.-O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.



5.-A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

6.-A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

7.-A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

8.-A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

9.-A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.


10.-O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA DE BAIXO CUSTO PARA RESIDÊNCIAS URBANAS




PROJETOS EXPERIMENTAIS DE BAIXO CUSTO
IMPORTANTE - Como essa água será só para fins não potáveis, aconselhamos usar apenas o cloro de origem orgânica (cloro usado em piscinas) para evitar qualquer tipo de proliferação de bactérias, germes, vírus, etc. Solicite ao fabricante ou revendedor, mais informações sobre os cuidados e manuseios com esse cloro.
Introdução

A superfície do nosso planeta é composta por 70% de água. Essa água tem um ciclo natural, que começa com sua evaporação, formando as nuvens que depois vão retornar para a terra através das chuvas. Porém, de toda água existente no planeta, 97,5% estão nos oceanos e dos 2,5% restantes, 1,5% estão nos pólos (geleiras e icebergs), ficando apenas 1% disponível para nosso consumo, sendo que a maior parte esta em leitos subterrâneos, atmosfera, plantas e animais. Atualmente usamos para nosso consumo as águas de nascentes, lagos, rios e extrações de leitos subterrâneos, os aqüíferos.
Com a poluição cada vez maior do ar, da terra, das nascentes, dos lagos, dos rios e dos oceanos, essas águas estão ficando contaminadas, exigindo uma enorme preocupação para sua preservação, pois sem água natural a vida como conhecemos não tem como existir.
IMPORTANTE! Para que o planeta seja realmente preservado, não basta economizarmos água "limpa"; muito mais importante é tratarmos a água que sujamos (com uma ETE = Estação de Tratamento de Esgoto) e devolvê-la limpa para a natureza, perpetuando o ciclo natural da água. Esse é um compromisso que toda empresa distribuidora de água deve ter perante a natureza.
De nossa parte, os consumidores, o melhor que podemos fazer é economizar ao máximo, evitando que mais e mais águas sejam retiradas da natureza para nosso consumo. Veja a seguir algumas dicas para diminuir esse consumo.
Formas simples para economizar água potável:
  • Fechar a torneira enquanto escovar os dentes, fazer a barba, ensaboar a louça, etc.;
  • Não usar mangueira para lavar pisos, calçadas, automóveis, etc.;
  • Trocar as válvulas hidro-assistidas de descargas por caixas acopladas ao vaso sanitário com limitador(es) de volume(s) por descarga;
  • Diminuir o tempo no banho, e ajustar o fluxo da água;
  • Procurar usar a máquina de lavar roupas apenas quando tiver uma quantidade de roupas (sujas) suficiente para usar o volume máximo da máquina;
  • Se tiver que lavar mais de uma leva de roupas, e se a máquina permitir, antes da máquina jogar fora a água do enxágue, dê uma pausa, tire a roupa limpa, coloque a segunda leva de roupas sujas e reinicie o trabalho da máquina. Depois quando a máquina for centrifugar, dê uma pausa e junte as roupas da primeira leva para centrifugar tudo junto. Assim você economiza um tanque de água;
  • Reúso da água originada do enxágue da máquina de lavar roupas para lavar o chão do quintal;
  • Reduzir a vazão de água do seu chuveiro ou ducha (Um chuveiro normal gasta em média 3,5 litros por minuto);
  • Reduzir ou eliminar o consumo de carne (segundo o conceito de água virtual que leva em consideração toda a água usada para fabricar um produto industrial ou um alimento, uma dieta básica com carne consome cerca de 4.000 litros de água virtual por dia, enquanto a dieta vegetariana requer em torno de 1.500 litros).
    Uma outra forma de economizar água é fazer o Aproveitamento de Água da Chuva, e para isso você pode construir e instalar um sistema usando a tecnologia da Minicisterna, que foi criada e desenvolvida baseada na norma ABNT NBR 15.527:2007 "Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis".
    Os principais objetivos do Aproveitamento de Água da Chuva são:
    • incentivar a população a fazer o aproveitamento correto da água de chuva;
    • fazer com que toda casa urbana tenha pelo menos um sistema simples de Aproveitamento da Água de Chuva;
    • minimizar o escoamento do alto volume de água nas redes pluviais durante as chuvas fortes;
    • usar a água para irrigações nos jardins e lavagens de pisos externos. Assim, essa água vai infiltrar na terra e ir para o lençol freático, preservando o seu ciclo natural;
    • usar a água para lavagens de pisos, carros, máquinas e nas descargas no vaso sanitário.
    Antes de iniciar a construção de um sistema de Aproveitamento da Água de Chuva, conheça um pouco mais sobre as chuvas que caem em sua região, e os princípios e componentes básicos de um sistema de Aproveitamento da Água de Chuva. 
  •  MINICISTERNA DE ÁGUA DE CHUVA - PROJETO DE BAIXO CUSTO PARA RESIDÊNCIA URBANA
    Devido a grande falta de espaço físico nas residências urbanas, e o desejo de fazer com que a população tenha algum sistema de Aproveitamento da Água de Chuva em suas casas, tomamos a iniciativa de desenvolver e disseminar o projeto experimental da Minicisterna para Residência Urbana.
    A Minicisterna além de cumprir com sua função inicial pela qual foi projetada, também mostrou ser uma excelente ferramenta didática para escolas, podendo ser construída com bombona (tambor) ou com caixa de água de qualquer tamanho, desde que tenha onde instalar.
  •  FILTRO DE ÁGUA DE CHUVA DE BAIXO CUSTO - MODELO AUTO-LIMPANTE
    Esse Filtro de Água de Chuva Auto-limpante e de Baixo Custo foi desenvolvido para ser instalado na tubulação de descida de água da calha do telhado. Ele é feito com tubo de 75mm e serve para telhados de até 50m2. Para projetos maiores use um filtro para cada 50m2 de telhado, ou seja, para cada 50m2 de telhado faça uma descida com tubo de 75mm e instale um filtro. Caso a tubulação seja diferente de 75mm, use adaptadores para esse diâmetro de tubulação, ou faça esse filtro usando diâmetros diferentes, bastando apenas seguir as mesmas proporções, por exemplo: para um telhado maior pode-se usar tubos e conexões de 100mm, porém o custo será maior.
    É importante saber que esse Filtro é o primeiro componente de um sistema completo de Aproveitamento da Água de Chuva. Após esse Filtro, é necessário ter um Separador das primeiras águas de chuva 
    Para saber mais, veja

    Fonte:

    APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA DE BAIXO CUSTO PARA RESIDÊNCIAS URBANAS 

domingo, 21 de junho de 2015

2º Programa A VOZ Ecologia Ativa - Jacumã FM

Lixo zero

Mas, qual diferença entre RESÍDUOS, REJEITOS E LIXO?

RESÍDUOS: Materiais provenientes das atividades humanas, que limpos e organizados, possuem viabilidade de serem encaminhados para reutilização ou reciclagem, contribuindo para a eficiência no processo produtivo sustentável.
Material reciclável é todo material que após ser utilizado pode ser reutilizado para fabricação de novos produtos através de tecnologias desenvolvidas para transformação destes materiais. São exemplos de materiais recicláveis os resíduos constituídos de vidro, plástico, papel, papelão, ferro, aço, alumínio, entre outros.

REJEITOS: Materiais não recicláveis – aqueles que não podem passar pelo processo de reciclagem, não podendo ser reaproveitados após transformação química ou física - incluindo materiais recicláveis que não possuem viabilidade financeira e/ou tecnológica. Todo material não reciclável é um rejeito, mas nem todo rejeito é um material não reciclável. Explicação: Alguns materiais presentes no mercado como, por exemplo, o isopor, não possuem viabilidade financeira ou esta viabilidade é muito baixa por questões ligadas às características do material (pouco peso e muito volume). Desta forma o isopor é um material reciclável, porém, pouco reciclado. Outra questão que envolve o mercado da reciclagem é a disponibilidade de tecnologia no local ou na região onde é gerado o determinado resíduo.


LIXO: Mistura de resíduos recicláveis, resíduos orgânicos, rejeitos, dentre outros. São materiais provenientes das atividades humanas, que sujos e misturados, podem atrair animais vetores de doenças, contribuindo para os problemas relacionados com a má administração destes materiais. Contudo, este material contido no lixo, sendo separado em seus diversos resíduos antes de ser feita a mistura, pode se transformar em recursos.

O lixo mudou muito…
Até a metade do século 20 o lixo não significava um problema. A maior parte dele era formada por materiais orgânicos, como restos de frutas e verduras, assim como de animais, e tudo isso é degradável pela ação da natureza. O lixo era menor e facilmente transformado pelo próprio Meio Ambiente em nutrientes para o solo.
Muitas pessoas tinham o hábito de ter em suas casas uma horta ou uma criação de galinhas e outros animais domésticos, a quem elas davam seus restos de comida. O que restava era enterrado, retornando ao solo. Portanto, tudo ia muito bem. O pouco que sobrava era recolhido e a natureza fazia sua parte.
Entretanto, com o passar dos anos, o modo de vida dos habitantes do planeta foi mudando. A maioria mudou-se das áreas rurais para as cidades. As cidades foram crescendo, reduzindo o espaço de moradia e o tempo disponível dos cidadãos. O resultado é que passou a fazer parte da vida cotidiana a compra de alimentos e outros produtos embalados, prontos para o consumo.
Parecia que era a solução perfeita. Chegaram os supermercados, as comidas prontas, o leite longa vida, os vegetais já lavados…. ótimo!

Mas, tudo isso passou a significar também montanhas e montanhas de embalagens, sacos plásticos, caixas, isopor, sacolas, sacolinhas, latas disso e daquilo…. E o que é pior: são materiais que a natureza custa muito, quando consegue, degradar e incorporar novamente ao ciclo da vida.
Felizmente, grande parte desses materiais pode ser reaproveitada ou reciclada, evitando o acúmulo de lixo no solo de nossas cidades e reduzindo o desperdício de recursos naturais.
Mas esse movimento está apenas começando. É necessária a colaboração de todos para que esse problema seja amenizado.

Olha que depoimento...que iniciativa maravilhosa essa de uma cidadã aqui de Jacumã...

Saí para andar na areia da praia e dar um mergulho....eu e meu marido. Começamos por onde moramos, em Carapibus. Viemos andando e logo começamos a notar muito lixo na areia.
Quatro sacos plásticos grandes,  garrafas, latas de alumínio, embalagens de picolé, de biscoito, potinhos de açaí, e muitos copos plásticos! Limpamos menos de 1 km da praia com o próprio lixo que foi largado na areia. Viemos sair em Jacumã. É sério… quatro sacos plásticos grandes coletados em 15 minutos andando pela beira da água.
Quase 90% do lixo que coletamos era plástico. E a maioria estava boiando na água ou quase sendo alcançada pelas ondas. E o pior… sempre havia uma barraquinha de açaí, picolé, pizza, milho, por perto… Isso significa que nem mesmo os comerciantes locais têm a percepção de que aquele lixo está poluindo a praia, e que isso pode gerar uma diminuição do turismo na região. O que você pensa quando visita uma praia que está cheia de lixo boiando na água, e decorando as areias brancas? Por mais bonita que seja a praia, isso vai provocar um ponto negativo na hora de decidir voltar lá de novo. E, ainda faz propaganda negativa do lugar.
E eu sei que ultimamente está difícil de encontrar uma praia que esteja 100% limpa. Sempre tem um sujinho que larga a latinha de cerveja num canto, ou enterra o pote de sorvete na areia. As pessoas têm o pensamento de que é obrigação da Prefeitura promover a coleta do lixo deixado nas praias. Mas esquecem que se cada um fizer sua parte, somos nós que vamos desfrutar de uma experiência mais agradável e limpa! Cabe à prefeitura manter limpa...mas, ela não faz.
E tem uns que pensam que deixar a latinha de alumínio em qualquer canto, virá um catador e assim estará “ajudando-o”. Não façam isso… As latinhas podem provocar ferimentos nos pés de quem passa! Isso também acontece com o lixo que é enterrado na areia. Eu mesma quase furei o pé por causa de um palitinho (aqueles de churrasquinho) que estava cravado na areia. Quem fez isso no mínimo não tem cérebro!
Além dessas complicações, quando o lixo vai para o mar, pode causar uma série de problemas muito piores, como a morte de animais marinhos por asfixia que muitas vezes confundem plástico com algas ou águas-vivas. O lixo também pode acabar penetrando na cadeia alimentar, e envenenar o próprio ser humano. Em alguns lugares do Estados Unidos, um grande problema é o entupimento da entrada de água para refrigeração do motor de embarcações.
Acredito que os próprios comerciantes e moradores da cidade podem organizar campanhas e voluntários para evitar o descarte incorreto do lixo nas praias. Não só nesta cidade. E principalmente nas litorâneas, que atraem turistas devido às belezas naturais sob o sol do verão.
As Prefeituras podem incentivar os comerciantes que têm barraquinhas na areia a catar o lixo que encontram em volta, premiando aqueles que aparecerem com o saco mais cheio. Ou colocar voluntários para fazer uma pequena limpeza durante o dia, motivando as pessoas a levarem um saco plástico para guardar o seu lixo. Ou fazer passeatas, stands de informação, colocar placas e lixeiras… Qualquer iniciativa é válida, o que não pode é deixar de lado.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

REUTILIZAÇÃO DE PALLETES fase 2


E as peças vão tomando forma.
As peças embaixo são: o sofá e a mesa de centro.
As peças no alto são: a mesa ( que receberá um tampo de vidro) e uma mesinha de centro.

Olha esse  conjunto. A base do sofá ainda receberá o encosto e almofadas. A mesa receberá também um tampo de vidro. Ah!...antes que eu esqueça...os vidros são reaproveitados também: eram vidros que separavam ambientes e foram quebrados. Serão recortados nas medidas dos tampos e reutilizados.
                                             REDUZIR...REUTILIZAR...RECICLAR...

quarta-feira, 17 de junho de 2015

REUTILIZAÇÃO DE PALLETES - FASE INICIAL


Soraya Mariz - Creperia das Meninas
Adquirimos algumas peças de palletes para atender uma proposta de confeccionar sofás, mesas e um balcão de bar para uma creperia das amigas Soraya e Adriana.
Abracei o desafio. Afinal, reutilizar palletes é comigo mesmo. Conforme concluo as etapas, vou mostrar as fotos aqui. 

domingo, 14 de junho de 2015

PRIMEIRO PROGRAMA - JACUMÃ FM - A VOZ ECOLOGIA ATIVA


 A VOZ – Ecologia Ativa. Programa de informação, de reflexão, de propostas, de alternativas para uma real melhora na QUALIDADE DE VIDA. Além das questões ambientais, debateremos temas e falaremos de ações individuais e em grupo quanto à alimentação saudável, caminhadas, bicicletadas, natação. Reflitiremos as políticas públicas quanto á agricultura familiar, água, lixo, saneamento básico, .enfim, diversos temas que visem a qualidade de vida na cidade.


EU SOU CATADOR
O movimento Limpa Brasil - Let’s Do It!, que organiza mutirões nas cidades brasileiras para recolher o lixo jogado indevidamente nas ruas,  lançou uma campanha, a Eu Sou Catador, para sensibilizar cada vez mais cidadãos para o problema dos resíduos sólidos no Brasil.

A ação para alertar a população sobre a importância de todos nós sermos catadores e recolhermos o lixo das ruas, sempre que pudermos. A campanha pede, ainda, que os cidadãos descartem de forma correta os resíduos que produzem e, assim, contribuam para que a quantidade de lixo que precisa ser recolhido nas ruas diminua cada vez mais.

A intenção é que o ato de limpar as ruas se torne um hábito em todo o país e não dependa, apenas, dos mutirões organizados por movimentos como este. O movimento já promoveu ação no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Guarulhos, Campinas, Goiânia, Belo Horizonte...enfim cidades acima de 100 mil habitantes.


Para dar maior visibilidade à campanha Eu Sou Catador, o movimento ainda lançou na internet três vídeos sobre a ação, que conta com a participação de voluntários do Limpa Brasil e, também, de celebridades - como os músicos Chico Buarque, Milton Nascimento e Seu Jorge, a atriz Marília Pêra, as apresentadoras Marina Person, Didi Wagner e o catador de material reciclável e protagonista do documentário Lixo Extraordinário, Tião Santos.




Uma das coisas que mais me espantou, e ainda me espanta, em Jacumã é o fato de não haver coleta seletiva de lixo e uma política de separação do lixo orgânico do não orgânico. Acostumei-me tanto a esse hábito em São Paulo, como política pública implantada pelos governos democrático-populares do PT há décadas, que me sinto mal em diferentes lugares deste imenso país onde se mistura tudo: cascas de laranja, borra de café, copos de plástico, garrafas e tantas outras coisas. E estamos no litoral sul da PB e o Conde, com as praias mais lindas desse país, e comporta um trade turístico invejável. Portanto deveria oferecer uma melhor qualidade de vida.



Praias lindas, lindas são as pessoas que frequentam, restaurantes e suas comidas maravilhosas...mas o que deixa a todos muito tristes É O LIXO.
Erram os que jogam no chão, erram as autoridades que sequer recolhem...quem dera implantassem uma política ambiental de coleta seletiva, de conscientização...
Para uma cidade que tem na sua atividade principal o TURISMO...vai muito mal.
Pode ser enquadrada como improbidade, segundo a Lei de Resíduos Sólidos.
Vamos falar dela?
Você sabia que em agosto de 2010 o presidente Lula sancionou a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, projeto de lei que estava há mais de 20 anos no Congresso?
 A política, ora em vigor, reúne princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão dos resíduos sólidos. O projeto de lei responsabiliza empresas pelo recolhimento de produtos descartáveis, estabelece a integração de municípios na gestão dos resíduos e responsabiliza toda a sociedade pela geração de lixo. Trata-se da LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010.

Entre as novidades está a instituição da ‘logística reversa’, que obriga os fabricantes, distribuidores e vendedores a recolherem embalagens usadas. A medida vale para óleos lubrificantes, lâmpadas, materiais agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus e eletroeletrônicos. Prevê a coleta seletiva; dá incentivo às cooperativas de catadores; propõe monitoramento e fiscalização ambiental, sanitária, agropecuária e ações de educação ambiental; garante a cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para o desenvolvimento de pesquisas de novos produtos, métodos, processos e tecnologias de gestão, reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos. Finalmente, é proibida a manutenção de lixões em todo país.
O Brasil recicla apenas 12% de seu lixo e muitas indústrias têm importado ‘lixo limpo’, por incrível que pareça. Entre 2008 e 2009, o país gastou 485 milhões de reais para comprar no exterior 223 mil toneladas de papelão, plástico, alumínio e outros insumos reciclados. Das 5.565 cidades, apenas 56,5% contam com iniciativas de coleta seletiva. Talvez chegue a hora de Jacumã entrar no século XXI.


Um abraço do amigo Silvino Sousa e até lá.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

ECOLOGIA UTÓPICA, ECOLOGIA ACADÊMICA E ECOLOGIA ATIVA

A VOZ – Ecologia Ativa
ECOLOGIA UTÓPICA, ECOLOGIA ACADÊMICA E ECOLOGIA ATIVA
Existem três grupos que nos ajudam a pensar os movimentos ecológicos: a Ecologia Utópica, a Ecologia Acadêmica e a Ecologia Ativa. Ambas imbricadas e complementares, mas se diferenciam.
A Ecologia Utópica é uma forma de pensar os recursos naturais de forma alarmante, sua forma finita, mas encerra-se em si. Entende que o ser humano deve utilizar a natureza apenas para seus processos vitais, e isso não dá o direito de utilizá-la com uma finalidade, ou como forma de obtenção de lucro ou vantagens.
A ecologia Acadêmica é uma forma de se debruçar sobre as correntes filosóficas tendo como tema central o meio ambiente e seu uso para obter lucro, contribui para interpretar a realidade, para responder à pergunta sobre o que está sucedendo e explicar por que passa e pelo que passa.
Por fim a Ecologia Ativa baseia-se na AÇÃO da sociedade organizada ou individual para minimizar o impacto ambiental que a sociedade moderna impõe ao meio ambiente. Embora, escorando-se na Ecologia Utópica como tomada de consciência e na Ecologia Acadêmica como fonte de pesquisa, a Ecologia Ativa vai à luta, age na busca de qualidade de vida in loco - no lugar onde habitamos - minimizamos o impacto ambiental onde podemos interferir, onde os problemas mais nos incomodam: na nossa casa, na nossa rua, no nosso bairro, na nossa cidade. PENSAR GLOBAL E AGIR LOCAL é esse nosso oriente; um sentir-pensar-agir sobre a relação do ser ecológico.
Hoje, mesmo ainda existindo correntes da ecologia utópica e/ou da ecologia acadêmica, especialmente nos países em desenvolvimento, a conservação da natureza, através do uso racional e sustentado dos recursos naturais e meio ambiente, é representado pela
ECOLOGIA ATIVA, de SOLUÇÕES, onde o principal elemento é o ser humano, tanto como fator de desequilíbrio e consequente ajuste, como também de objeto para a manutenção de sua qualidade de vida.
Mas, para podermos compreender a verdadeira ecologia, temos que superar nosso desconhecimento sobre o tema, até mesmo em relação aos princípios fundamentais e aceitar a condição básica de que a solução inicia-se em nossa própria pessoa, desde a postura pessoal, até a crítica coletiva consciente.
Mas AGIR de forma organizada e consciente para interpretar a crise e descobrir um jeito que possibilite algum tipo de solução no marco de outro mundo possível. Uma sabedoria de construir unidade a partir da diversidade da vida, para que a vida perdure.
Tal ATITUDE conserva redutos nas tradições indígenas ancestrais, nas cosmovisões orientais e se vislumbra nos estilos de vida que surgem dos grandes mestres espirituais. Por isso, a mística baseada na austeridade e a não violência, a solenidade e o serviço, o cuidado e a compaixão, se constitui como pilar para buscar confluências e estabelecer plataformas de uma autêntica ética ecológica.

Enfim, nos próximos textos falaremos sobre as ações já em curso em nosso município. Ações empreendidas por cidadãos, organizados em grupos ou individualmente, que já minimizam os impactos ambientais que causamos aqui. Também falaremos de ações que iremos propor com igual teor de organização, com a finalidade de sermos a voz da comunidade para uma real ecologia ativa de soluções.
- Silvino Sousa -