Lixo zero
Mas, qual diferença entre
RESÍDUOS, REJEITOS E LIXO?
RESÍDUOS: Materiais
provenientes das atividades humanas, que limpos e organizados, possuem
viabilidade de serem encaminhados para reutilização ou reciclagem, contribuindo
para a eficiência no processo produtivo sustentável.
Material reciclável é todo
material que após ser utilizado pode ser reutilizado para fabricação de novos
produtos através de tecnologias desenvolvidas para transformação destes
materiais. São exemplos de materiais recicláveis os resíduos constituídos de
vidro, plástico, papel, papelão, ferro, aço, alumínio, entre outros.
REJEITOS: Materiais
não recicláveis – aqueles que não podem passar pelo processo de reciclagem, não
podendo ser reaproveitados após transformação química ou física
- incluindo materiais recicláveis que não possuem viabilidade financeira
e/ou tecnológica. Todo material não reciclável é um rejeito, mas nem todo
rejeito é um material não reciclável. Explicação: Alguns materiais presentes no
mercado como, por exemplo, o isopor, não possuem viabilidade financeira ou esta
viabilidade é muito baixa por questões ligadas às características do material
(pouco peso e muito volume). Desta forma o isopor é um material reciclável,
porém, pouco reciclado. Outra questão que envolve o mercado da reciclagem é a
disponibilidade de tecnologia no local ou na região onde é gerado o determinado
resíduo.
LIXO: Mistura de resíduos recicláveis, resíduos
orgânicos, rejeitos, dentre outros. São materiais provenientes das atividades
humanas, que sujos e misturados, podem atrair animais vetores de doenças,
contribuindo para os problemas relacionados com a má administração destes
materiais. Contudo, este material contido no lixo, sendo separado em seus
diversos resíduos antes de ser feita a mistura, pode se transformar em
recursos.
O lixo mudou muito…
Até a metade do século 20 o lixo não significava um problema. A
maior parte dele era formada por materiais orgânicos, como restos de frutas e
verduras, assim como de animais, e tudo isso é degradável pela ação da
natureza. O lixo era menor e facilmente transformado pelo próprio Meio Ambiente
em nutrientes para o solo.
Muitas pessoas tinham o hábito de ter em suas casas uma horta ou uma criação de
galinhas e outros animais domésticos, a quem elas davam seus restos de comida.
O que restava era enterrado, retornando ao solo. Portanto, tudo ia muito bem. O
pouco que sobrava era recolhido e a natureza fazia sua parte.
Entretanto, com o passar dos anos, o modo de vida dos habitantes
do planeta foi mudando. A maioria mudou-se das áreas rurais para as cidades. As
cidades foram crescendo, reduzindo o espaço de moradia e o tempo disponível dos
cidadãos. O resultado é que passou a fazer parte da vida cotidiana a compra de
alimentos e outros produtos embalados, prontos para o consumo.
Parecia que era a solução perfeita. Chegaram os supermercados,
as comidas prontas, o leite longa vida, os vegetais já lavados…. ótimo!
Mas, tudo isso passou a significar também montanhas e montanhas de embalagens,
sacos plásticos, caixas, isopor, sacolas, sacolinhas, latas disso e daquilo…. E
o que é pior: são materiais que a natureza custa muito, quando consegue,
degradar e incorporar novamente ao ciclo da vida.
Felizmente, grande parte desses materiais pode ser reaproveitada ou reciclada,
evitando o acúmulo de lixo no solo de nossas cidades e reduzindo o desperdício
de recursos naturais.
Mas esse movimento está apenas começando. É necessária a colaboração de todos
para que esse problema seja amenizado.
Olha que depoimento...que iniciativa maravilhosa essa de uma
cidadã aqui de Jacumã...
Saí para andar na areia da praia e dar um mergulho....eu e
meu marido. Começamos por onde moramos, em Carapibus. Viemos andando e logo
começamos a notar muito lixo na areia.
Quatro sacos plásticos grandes, garrafas, latas de alumínio, embalagens de
picolé, de biscoito, potinhos de açaí, e muitos copos plásticos! Limpamos menos
de 1 km da praia com o próprio lixo que foi largado na areia. Viemos sair em
Jacumã. É sério… quatro sacos plásticos grandes coletados em 15 minutos andando
pela beira da água.
Quase 90% do lixo que coletamos era plástico. E a maioria
estava boiando na água ou quase sendo alcançada pelas ondas. E o pior… sempre
havia uma barraquinha de açaí, picolé, pizza, milho, por perto… Isso significa
que nem mesmo os comerciantes locais têm a percepção de que aquele lixo está
poluindo a praia, e que isso pode gerar uma diminuição do turismo na região. O
que você pensa quando visita uma praia que está cheia de lixo boiando na água,
e decorando as areias brancas? Por mais bonita que seja a praia, isso vai
provocar um ponto negativo na hora de decidir voltar lá de novo. E, ainda faz
propaganda negativa do lugar.
E eu sei que ultimamente está difícil de encontrar uma praia
que esteja 100% limpa. Sempre tem um sujinho que larga a latinha de cerveja num
canto, ou enterra o pote de sorvete na areia. As pessoas têm o pensamento de
que é obrigação da Prefeitura promover a coleta do lixo deixado nas praias. Mas
esquecem que se cada um fizer sua parte, somos nós que vamos desfrutar de uma
experiência mais agradável e limpa! Cabe à prefeitura manter limpa...mas, ela
não faz.
E tem uns que pensam que deixar a latinha de alumínio em qualquer
canto, virá um catador e assim estará “ajudando-o”. Não façam isso… As latinhas
podem provocar ferimentos nos pés de quem passa! Isso também acontece com o
lixo que é enterrado na areia. Eu mesma quase furei o pé por causa de um
palitinho (aqueles de churrasquinho) que estava cravado na areia. Quem fez isso
no mínimo não tem cérebro!
Além dessas complicações, quando o lixo vai para o mar, pode
causar uma série de problemas muito piores, como a morte de animais marinhos
por asfixia que muitas vezes confundem plástico com algas ou águas-vivas. O
lixo também pode acabar penetrando na cadeia alimentar, e envenenar o próprio
ser humano. Em alguns lugares do Estados Unidos, um grande problema é o
entupimento da entrada de água para refrigeração do motor de embarcações.
Acredito que os próprios comerciantes e moradores da cidade
podem organizar campanhas e voluntários para evitar o descarte incorreto do
lixo nas praias. Não só nesta cidade. E principalmente nas litorâneas, que
atraem turistas devido às belezas naturais sob o sol do verão.
As Prefeituras podem incentivar os comerciantes que têm
barraquinhas na areia a catar o lixo que encontram em volta, premiando aqueles
que aparecerem com o saco mais cheio. Ou colocar voluntários para fazer uma
pequena limpeza durante o dia, motivando as pessoas a levarem um saco plástico
para guardar o seu lixo. Ou fazer passeatas, stands de informação, colocar
placas e lixeiras… Qualquer iniciativa é válida, o que não pode é deixar de
lado.